segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Segundo Confea, faltam 150 mil engenheiros no Brasil


  Faltam 150 mil engenheiros no país, os que estão trabalhando aparecem entre os profissionais mais bem pagos do mercado e, mesmo assim, apenas 10% dos universitários brasileiros cursam carreiras ligadas às engenharias - sem contar os que desistem pelo caminho e abandonam a faculdade. Um cenário pouco animador que escancara um dos gargalos do sistema educacional - e que afeta a capacidade de produção e inovação da indústria.
  Para se ter uma ideia, o Brasil tem hoje seis engenheiros para cada mil pessoas economicamente ativas -nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo, a proporção é de 25 engenheiros por mil trabalhadores, segundo Financiadora de Projetos (Finep), órgão do governo federal. O déficit de 150 mil profissionais foi projetado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
  "Estima-se que, pelos investimentos que estão previstos, o Brasil precisaria de cerca de 300 mil profissionais de engenharia para os próximos cinco anos", afirma José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Ele cita as empresas que estão se instalando no País, obras do PAC, a Copa do Mundo e a Olimpíada. "Nos últimos dez anos, a média anual de emissões de registros tem sido de 43 mil, o que somaria 215 mil profissionais aptos para o mercado de trabalho em 2016."
  A falta de profissionais tornou os engenheiros os trabalhadores mais bem pagos do mercado - ao lado de médicos (que também existem em número inferior ao necessário) e graduados em carreiras militares -, segundo estudo feito pelo economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Tribuna Hoje


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