Faltam 150 mil engenheiros no país, os que estão trabalhando aparecem entre os profissionais mais bem pagos do mercado e, mesmo assim, apenas 10% dos universitários brasileiros cursam carreiras ligadas às engenharias - sem contar os que desistem pelo caminho e abandonam a faculdade. Um cenário pouco animador que escancara um dos gargalos do sistema educacional - e que afeta a capacidade de produção e inovação da indústria.
Para se ter uma ideia, o Brasil tem hoje seis engenheiros para cada mil pessoas economicamente ativas -nos Estados Unidos e no Japão, por exemplo, a proporção é de 25 engenheiros por mil trabalhadores, segundo Financiadora de Projetos (Finep), órgão do governo federal. O déficit de 150 mil profissionais foi projetado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Estima-se que, pelos investimentos que estão previstos, o Brasil precisaria de cerca de 300 mil profissionais de engenharia para os próximos cinco anos", afirma José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Ele cita as empresas que estão se instalando no País, obras do PAC, a Copa do Mundo e a Olimpíada. "Nos últimos dez anos, a média anual de emissões de registros tem sido de 43 mil, o que somaria 215 mil profissionais aptos para o mercado de trabalho em 2016."
A falta de profissionais tornou os engenheiros os trabalhadores mais bem pagos do mercado - ao lado de médicos (que também existem em número inferior ao necessário) e graduados em carreiras militares -, segundo estudo feito pelo economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Tribuna Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário